Não vou te dizer quais são as Tendências
Mas perfis para você seguir, porque não corro atrás de hype - eu cavo fundo!
Se você assina esta newsletter, é porque quer mais do que consumo rápido de imagens. É porque busca sentido (e io ti adoro per questo, grazie!). Então, não vou falar de “tendências” — essa palavrinha virou mainstream total (porque usada mal, como sempre!).
Mas como você está aqui para mergulhar, quero te entregar algo que vale a pena: uma breve curadoria real de perfis e fontes que fazem sentido, que alimentam pensamento e expandem repertório. Porque olhar para elas com consciência é ganhar autonomia: não precisamos mais que ninguém nos diga o que é importante, o que “vale a pena”, o que está na moda.
Ver com profundidade é quebrar a dependência do olhar alheio. E num mundo saturado de narrativas prontas, isso é revolucionário! Pronta? Mas antes, è bom que você lembre sempre quem eu sou:
Desde 2008, acompanhamos o Fuorisalone com método, escuta atenta e lentes calibradas para o que ainda está por vir. E confesso: fico até lisonjeada quando vejo profissionais brasileiros replicando o que fazemos por aqui — mesmo que, às vezes, com resultados… digamos, questionáveis.
Mas está tudo certo. Copiar é parte do jogo! Só que tem uma coisa: minha cabeça não dá pra copiar.
Sempre estive (e continuo) na vanguarda porque é de lá que penso, e é de lá que olho o mundo. E isso, amici, não vem de um “template trend” — vem de mergulhos profundos, de décadas de pesquisa (iniciei em 1999), de viver o design onde ele nasceu, de ter bebido na fonte de maestros REAIS e não só na semana do design.
Eu vivo o design como linguagem, símbolo e futuro e aqui em Milão, no meu no Studio desde 2008, a gente não corre atrás de hype. A gente cava fundo.
Trabalhamos com metatendências — e sim, esse termo é meu, com muito orgulho porque ele não nasceu numa reunião de branding. Ele foi construído com método e raízes: anos de análise junguiana e mergulho profundos em mitologias, símbolos e arquétipos.
Bebi direto na fonte, com mestres como Elio Fiorucci, Francesco Morace, Domenico de Masi e Umberto Eco, e não em resumos mastigados de feed.
Nunca gostei da superfície. O superficial é fácil de replicar, o difícil é sustentar pensamento!
Então, aviso com todo carinho (e uma leve ironia): não, eu não vou te contar quais são as “tendências do Fuori/Salone”. Porque aqui, cara amica, não há tendências.
Quem vende isso pra você está te oferecendo conteúdo pronto, simplificado, estéril. Um Fast Design Digest.
O que existe aqui em Odisseia são sinais, indícios, mutações nas grandes players, pequenos ruídos estéticos que anunciam grandes viradas. E isso só se percebe com tempo, repertório e treino de visão.
Se você quer incluir na sua pesquisa esse “mastigado”, está tudo certo também, porque beber da fonte é isso — saber escolher seus filtros. Até para verificar quem te vende gato por lebre, não è mesmo?
Por isso, deixo aqui algumas fontes legítimas que captam o que está em ebulição por aqui — antes que esses conteúdos sejam reciclados (sem muita cerimônia) por profissionais de passagem que circulam por Milão apenas em modo “check-in estético”.
Essas são as páginas que podem valer o seu scroll:
@rosanna_orlandi — uma instituição viva do design milanês.
@dopo.space — novíssimo espaço no bairro Corvetto para trabalho cultural e recriação compartilhada.
@nilufargallery — galeria que virou praticamente um distrito.
@alcova.milano — o projeto expositivo mais ousado e simbólico dos últimos anos.
@breradesigndistrict — este ano com 160 eventos.
@milanodurinidesign — updates constantes direto da zona dos grandes showrooms.
@5vie_milano e @isoladesigndistrict — onde a alma criativa da cidade pulsa.
@tortonadesignweek e @tortonarocks — o melhor da zona Tortona.
@superstudio.events e @base_milano — dois hubs obrigatórios.
@fuorisalone — o guia oficial e sempre atualizado do que acontece e ainda vai acontecer.
@elledecoritalia — todo dia com agenda e bastidores de peso.
Aqui você encontra as 10 maiores empresas de luxo no design Made in Italy para complementar a lista acima.
Então, se você assina esta newsletter, já sabe: não vai encontrar aqui logo mais uma lista de "top 5 trends do design".
Vai encontrar pensamento, cruzamentos de sentido, rastros de futuro. Nada de receita pronta, mas sim, poder de escolha, liberdade. Quando a gente aprende a olhar de verdade, a gente se liberta.
Porque olhar com consciência é ganhar autonomia: não precisamos mais que ninguém nos diga o que é importante, o que “vale a pena”, o que está na moda.
Ver com profundidade é quebrar a dependência do filtro alheio. E num mundo saturado de narrativas prontas, isso é revolucionário.
É como deixar de ser espectadora para se tornar autora — do olhar, da curadoria, do próprio caminho.
Guia essencial para Enxergar o que está Vendo na Milan Design Week
Todo ano, é a mesma coisa: nosso feed se enche de posts sobre a nova grande tendência do Salone del Mobile, e influenciadores chamam a nossa atenção com estandes instagramáveis, instalações monumentais e conceitos bem embalados.
Ps. Vale a pena olhar quem fica na superfície - tá tudo certo - eles tem muito conteúdo bonito, mas è só isso mesmo, bonitinho... Se isso servir, vai lá e copia, como eles fazem! Risos…
Mas se o que você quer é mergulho — aqui vai ser sempre seu lugar.
Un bacio, Fah