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Avatar de Mônica Barbosa

Fah, adorei o texto — e principalmente o convite à reflexão. É um tema importante, que precisa mesmo ser discutido com mais profundidade e urgência. Mas, sendo muito sincera, alguns pontos me provocaram outro tipo de inquietação.

Acredito que já passamos da fase de buscar culpados ou reduzir a potência do design brasileiro à ausência de uma estética “nossa”. Tenho a impressão de que esse tipo de abordagem, embora necessária em determinado momento, hoje corre o risco de nos manter presos ao lugar da queixa ou da comparação. Enquanto isso, o mundo evolui — e o nosso olhar precisa acompanhar.

O desafio, para mim, não está apenas em “deixar de copiar”, mas em desenvolver repertório, pensamento crítico e ambição intelectual. A criação autêntica exige mais do que referências locais — exige consistência, risco, refinamento e um entendimento profundo de onde queremos estar no jogo global.

O exemplo da moda brasileira me parece simbólico: um setor criativo, com identidade e protagonismo cultural, que perdeu relevância internacional por falta de articulação estratégica. Corremos o mesmo risco no design. Nossa exportação de mobiliário, que já é baixa, segue caindo — não somente por falta de identidade visual, mas por ausência de visão de longo prazo e coragem para assumir uma posição de excelência.

Seguimos juntas nesse caminho de pensar e repensar — com afeto, escuta e muita vontade de ver o design brasileiro onde ele merece estar.

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Fah, adorei o texto — e principalmente o convite à reflexão. É um tema importante, que precisa mesmo ser discutido com mais profundidade e urgência. Mas, sendo muito sincera, alguns pontos me provocaram outro tipo de inquietação.

Acredito que já passamos da fase de buscar culpados ou reduzir a potência do design brasileiro à ausência de uma estética “nossa”. Tenho a impressão de que esse tipo de abordagem, embora necessária em determinado momento, hoje corre o risco de nos manter presos ao lugar da queixa ou da comparação. Enquanto isso, o mundo evolui — e o nosso olhar precisa acompanhar.

O desafio, para mim, não está apenas em “deixar de copiar”, mas em desenvolver repertório, pensamento crítico e ambição intelectual. A criação autêntica exige mais do que referências locais — exige consistência, risco, refinamento e um entendimento profundo de onde queremos estar no jogo global.

O exemplo da moda brasileira me parece simbólico: um setor criativo, com identidade e protagonismo cultural, que perdeu relevância internacional por falta de articulação estratégica. Corremos o mesmo risco no design. Nossa exportação de mobiliário, que já é baixa, segue caindo — não somente por falta de identidade visual, mas por ausência de visão de longo prazo e coragem para assumir uma posição de excelência.

Seguimos juntas nesse caminho de pensar e repensar — com afeto, escuta e muita vontade de ver o design brasileiro onde ele merece estar.

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